Contêiner: Tipos e aplicações
- Cristine Galeano
- 8 de abr. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 31 de jul. de 2024

Considerado por muitos especialistas o principal meio de transporte de cargas, o Contêiner, utilizado tanto em vias marítimas quanto em transportes rodoviários ou ferroviários, foi padronizado por volta dos anos 60, embora sua criação tenha sido iniciada em 1955 por Malcom McLean.
Neste artigo, você vai conhecer os tipos de contêineres, unidade de medida envolvidas e suas aplicações. Confira!
Entendendo a unidade de medida TEU
TEU é a sigla utilizada para se referir ao tamanho do navio. A sigla TEU vem de Twenty-Foot Equivalent Unit, logo, um TEU é igual a 20 pés, isso porque essa é a menor medida padronizada de um contêiner. Logo, se seu contêiner é de 40 pés, você ocupa 2 TEUs no navio.
Na imagem abaixo, você confere o navio HMM, de 24 mil TEUs, maior porta-contêiner do mundo.

Tipos de contêiner
São muitos os tipos de cargas, não é mesmo? Alguns exportam alimentos que precisam de temperaturas específicas ou ventilação, outros importam grandes equipamentos que excedem as ‘medias’ de um contêiner convencional, e para cada um deles há um tipo de contêiner específico, confira na lista abaixo:
Dry box: Para carga seca padrão, comumente utilizados para transportar caixas, tambores e pallets. Encontrados nas versões 20’ e 40’;
Tank container: É um contêiner cilíndrico, projetado para transportar líquidos. Possui revestimento interno para evitar vazamentos;
Insulated shipping container: Mantém a temperatura inicial da carga;
High cube container: Versão mais alta para carga seca extra, tendo 40’ e é indicado para cargas volumosas;
Reefer container: Projetado para cargas refrigeradas, como alimentos perecíveis e produtos farmacêuticos, pois é capaz de manter a temperatura controlada;
Double door container: Este modelo possuí portar em ambos os lados que facilitam o acesso à carga. Bastante utilizados para cargas especiais;
Open top container: Possui uma tampa de lona removível no topo, para facilitar o carregamento de cargas volumosas. Ideal para materiais que excedem a altura padrão;
Pallet wide container: Este modelo é projetado para acomodar mais paletes Euro, modelo padrão de 0,8 x 1,2. Esses contêineres são comuns no continente europeu;
Flat rack container: Com laterais dobráveis, este contêiner é usado para cargas grandes ou volumosas, que excedem os tamanhos de um contêiner dry, como maquinário e veículos. Disponível em 20’ e 40’;
Side door container: Tem portas adicionais no lado longo, que facilita o carregamento e descarregamento de mercadorias;
Hard top container: É semelhante ao contêiner seco padrão, mas possui o teto de aço removível;
Half height container: é um tipo de contêiner que tem aproximadamente metade da altura de um contêiner de tamanho padrão, mas possui geralmente a mesma largura e comprimento. Eles são usados para transportar materiais a granel, como carvão, minério, argila, entulho de construção, pedras, entre outros;
Como descrito, cada tipo de contêiner é adaptado, um tipo de carga e requisitos de transporte, o que garante a segurança e eficiência durante o envio.
Pode usar contêiner resfriado para cargas secas?
A resposta é sim, em situações em que o contêiner é exportado com carga refrigerada, mas não tem carga refrigerada no destinatário, é comum a operação NOR.
No comércio exterior, uma operação NOR refere-se ao uso de um Container NOR, (Non-Operating Reefer), ou seja, um Contêiner Refrigerado Desligado. Contêiner este, utilizado para transportar cargas secas que não necessitam de controle de temperatura. A vantagem de usar um Container NOR é que ele permite “devolver” o contêiner refrigerado ao país de origem, como o Brasil, sem a necessidade de estar operando o sistema de refrigeração. Bastante útil para otimizar o transporte de retorno, evitando enviar contêineres vazios e reduzindo custos. Contudo, por possuírem uma alta demanda, são mais difíceis de conseguir espaço/booking.
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Sobre a redatora: Cristine Galeano é formada em Comércio Exterior pela Uniasselvi desde 2019, e atua como Sales Development Representative na FORVM. Possuí experiência em COMEX e utiliza de suas habilidades em comunicação no setor comercial. Quando não está a trabalho, a Cristine gosta de ler, ir a shows, viajar e praticar esportes.
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